TSE limita gastos para campanha em Parnamirim

   
   No que depender do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) as eleições para prefeitos e vereadores em 2016 terão seus custos cortados drasticamente em todo o Brasil. O Rio Grande do Norte não fica de fora da resolução nº 23 do TSE de 15 de dezembro de 2015, que orienta o novo limite de gastos. De acordo com a norma, candidatos a prefeito e a vereador poderão investir setenta por cento (70%) do maior gasto declarado para o cargo em 2012. Em cidades onde houver segundo turno na disputa para prefeito esse gasto poderá ser acrescido em até 30% do valor previsto.

   Os valores serão atualizados monetariamente de acordo com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ou por índice que o substituir.

   Em Parnamirim, por exemplo, onde foram gastos R$ 1.274.923,46 em 2012, o candidato a prefeito poderá despender de até R$ 892.446,42. Em relação aos vereadores, a verba de campanha caiu de R$ 196.889,30 para R$ 137.822,51.

Demais regiões.

   Quem desejar virar o chefe do executivo municipal de Natal poderá gastar até R$ 4.109.547,82 milhões no primeiro turno. Com cerca de 530 mil eleitores, o maior gasto de campanha para prefeito bateu a casa dos R$ 8.209.095,64 milhões em 2012. Em 2016, em caso de segundo turno, o total poderá ser acrescido em R$ 1.231.364,35, totalizando R$ 5.340.912,17.

   Já os vereadores terão que respeitar o teto de R$ 253.699,87, diferente dos R$ 362.428,39 que foram gastos pelo vereador que apresentou maior poderio financeiro na campanha de 2012.

   A mesma realidade será observada nos principais municípios da região metropolitana de Natal. Com pouco mais de 65 mil eleitores, São Gonçalo do Amarante terá um prefeito cuja campanha custará até R$ 197.640,40, diferente dos R$ 283.343,43 apontados como sendo o maior gasto realizado por um candidato em 2012. Vereadores poderão desembolsar menos de R$ 50 mil: R$ 49.621,54.

   Na vizinha Ceará-Mirim, candidatos a prefeito só poderão retirar do bolso R$ 418.250,00, bem menos do que os R$ 597.500,00 gastos em 2012. Os parlamentares do município poderão investir R$ 13.702,50, um pouco menos, se comparado aos R$ 19.141,22 permitidos no último pleito.

Vereadores prometem fiscalizar empréstimo do Executivo


   Vereadores prometem fiscalização quanto ao uso do empréstimo de R$ 55 milhões contraído pela Prefeitura de Parnamirim.

   Durante a realização de três sessões extraordinárias, a Câmara Municipal de Parnamirim (CMP) aprovou dois projetos de lei de autoria do Poder Executivo Municipal.

   No primeiro, o Executivo solicitava a autorização do Legislativo para contratar empréstimo de R$ 55 milhões junto ao Banco do Brasil. O segundo projeto refere-se à criação de cargos na Procuradoria do Município. As sessões foram realizadas na manhã de ontem (4) e hoje (5), e os projetos foram aprovados por unanimidade.

   De acordo com o documento apresentado pelo Executivo e aprovado pelos vereadores, o montante de R$ 55 milhões será destinado da seguinte forma: R$ 13 milhões (contrapartida para o saneamento); R$ 14 milhões (pavimentação do anel viário); R$ 4 milhões (pavimentação asfáltica dos bairros Cohabinal e Boa Esperança); R$ 16 milhões (drenagem e pavimentação dos bairros Portal do Jiqui, Rosa dos Ventos, Nova Esperança, Santa Tereza, Santa Júlia e Cidade Verde); R$ 3 milhões (pavimentação asfáltica de Pium, Cotovelo e Pirangi); e R$ 5 milhões para urbanização da orla de Pium, Cotovelo e Pirangi.

Críticas:

   Apesar de aprovado, o projeto de lei que autoriza o empréstimo recebeu críticas de alguns vereadores. Giovani Júnior (PSD) criticou o plano de aplicação dos recursos. “Não há nem um centavo alocado para educação. Nem um centavo para a saúde. Os R$ 55 milhões vão comprometer as receitas do Município pelos próximos dez anos”, disse.

   O vereador apresentou emenda que estipulava os valores totais que deveriam ser, obrigatoriamente, alocados para cada obra, mas a Comissão Permanente de Constituição, Legislação e Redação Final deu parecer contrário ao projeto. “A emenda era para assegurar que os projetos fossem, de fato, realizados”, disse Giovani.

   O vereador Rosano Taveira (PRB) lembrou que a aprovação do empréstimo não significa entregar um cheque em branco para o Executivo. “Nós temos o dever e vamos fiscalizar. Vamos ficar atentos ao andamento dessas obras”, contou.